🏛 /R/BRASILDOB - reddit: minorias, feministas, lgbtq, indígenas, negros, feminismo, trans, gays, maconheiros, trabalhadores – Telegram
🏛 /R/BRASILDOB - reddit: minorias, feministas, lgbtq, indígenas, negros, feminismo, trans, gays, maconheiros, trabalhadores
1.23K subscribers
4.3K photos
1.13K videos
7 files
13.9K links
@reddit2telegram @r_channels reddit.com/r/BrasildoB

Esquerda, marxismo, progressista, comunista, socialista, anarquismo, anarquia, izquierda, marxista, marxista-leninista, anarquista, comunismo, socialismo, libertários, ancap, liberal, anarco, memes
Download Telegram
Algumas questões sobre a luta

Não estou jogando a toalha, pelo contrário, tenho me sentido particularmente inspirado esses dias especialmente por conta de duas obras, Expedition 33 (“for those who come after”) e Andor (“I would rather die trying to take them down, than giving them what they want.”). Mas não é fácil, certo?

Minha luta acontece especialmente no campo da educação, sou professor do Ensino Médio, e não me escondo das batalhas que aparecem na minha frente, seja no chão de sala, na luta por uma escola melhor ou na contribuição dentro da academia. Mas as vezes me pergunto algumas coisas que talvez vocês também não têm respostas a elas, mas a discussão pode nos fazer caminhar.

Podemos discutir nossas posições políticas, eu pessoalmente sou um social democrata, mas é seguro afirmar que todos somos humanistas. Assumir isso já é, de certa forma, acatar algo do império. Os valores humanos são forjados, no princípio, no coração da Europa mas evoluíram com as contribuições dos trabalhadores e dos oprimidos do mundo todo. No fim, lutamos pela humanidade. E essa é a minha primeira questão, é isso mesmo?

Um clássico do pensamento moderno é se o homem é bom por natureza ou não. Suponho, que a maior parte de nós aqui acreditamos que o homem é bom por natureza. Mas como somos insensíveis! As vezes parece que a “sensibilidade”, a sensação de ultraje diante do absurdo precisa ser ensinada, e se precisa ser ensinada é porque não é natural. Certo?

Eventualmente em Andor um dos personagens diz, através de um manifesto, o contrário, que o autoritarismo precisa da violência porque a liberdade é natural e a tirania precisa vigiar o tempo todo as rachaduras por onde a liberdade força seu caminho. Mas o contrário também pode ser verdadeiro, os valores humanos também precisam “brigar” pra serem adotados pelas sociedades.

Enfim, senhoras e senhores, esse post não tem a intenção de chegar a lugar nenhum, como dito no início, é um amontoado de coisas que tem passado pela minha cabeça nesses dias quentes. Espero que a discussão que ele provoque seja interessante.

https://redd.it/1py9dup
@brasildob
Quero conhecer pessoas de esquerda!

Boa noite, estou em Franca, no estado de São Paulo, e acho que até agora conheci apenas conservadores. Por isso, estou doido.


Onde posso encontrar pessoas de esquerda? Quero conversar sobre política e conhecer melhor o Brasil.

Possuo um nível intermediário em português.

Obrigado

https://redd.it/1py9vdr
@brasildob
👎1
Ceder ou não ceder ao jogo político?

Estava refletindo aqui sobre a candidatura do Jones manuel pelo PSOL e me trouxe uma pergunta, será que o jones precisa mesmo do PSOL? Quando conheci o jones ele falava que queria ser uma alternativa ao bolsonarismo e ao lulismo, com sua filiação ao PSOL será que ele realmente continua sendo uma 3ª via? Ou vai ser apenas um puchadinho do PT? E quando chegar nas eleições vai ser aquela mesma novela de votar mo menos pior? Pq pra mim não tem como ser uma 3ª via se o seu partido dorme com o inimigo ou tu é oposição ou não é

https://redd.it/1pyrp5j
@brasildob
Resolvi investigar porque a maioria dos homens é de direita

Fala comunistas, como estão? Acho que esse vai ser o 3 poster aqui, nesse eu gostaria de destacar um ponto bem interresante, aproveitando que tô de férias da faculdade.

Resolvi pesquisar um assunto que sempre aparece nas redes: essa ideia de que “homem de verdade” tem que ser conservador, anti-Estado e de direita. Quanto mais eu lia e observava memes, vídeos, discurso religioso e papo de coach, mais ficava claro que isso não é algo natural, mas uma construção bem recente.
Fui atrás de sociologia e teoria política pra entender melhor e, sendo bem direto, isso só reforçou minha visão comunista.

A masculinidade foi capturada por um discurso neoliberal que vende força, mérito e sucesso individual, enquanto ignora contexto social e transforma frustração em guerra cultural.
Não é sobre “homem fraco” ou “forte”, é sobre quem lucra com essa narrativa. Queria saber o que vocês acham ou se já tinham parado pra pensar nisso também. Nesse eu escrevi muito e resolvi postar aqui pq achei importante.
Gostaria de ouvir a opinião de vcs!

Vamos lá :

Nas redes sociais, o que mais aparece é homem dizendo que “homem de verdade” é conservador, protetor e de direita. Parece que existe uma ideia já pronta de que, pra ser homem de verdade, você precisa automaticamente se identificar com a direita. Mas de onde surgiu isso? Em que momento ser homem virou sinônimo de votar em determinado lado político?

Essa associação não é natural nem óbvia. Ela foi sendo construída com o tempo, principalmente através de discursos que ligam masculinidade a força, autoridade, liderança e ordem. Aos poucos, a direita passou a se apresentar como a defensora desses valores, enquanto a esquerda foi sendo retratada como o oposto disso.

Hoje, muita gente repete esse discurso sem nem perceber, como se fosse algo óbvio ou “normal”. Questionar essa ideia não é atacar ninguém, mas tentar entender por que existe essa pressão para que o homem tenha que pensar e votar de um jeito específico.

Basta abrir qualquer rede social que isso fica evidente. Em vídeos curtos, memes e posts motivacionais, é comum ver frases do tipo: “homem de verdade não chora”, “homem de verdade protege a família”, “homem fraco depende do Estado” ou “esquerda cria homens fracos”. Muitas vezes isso vem acompanhado de imagens de homens musculosos, armados, trabalhadores braçais ou empresários de sucesso.


Influenciadores e páginas políticas reforçam essa ideia ao associar a direita a força, coragem e autoridade, enquanto retratam a esquerda como coisa de gente sensível demais, dependente ou “vitimista”. O recado é quase sempre o mesmo: se você é homem, trabalhador e quer respeito, você não pode ser de esquerda.

Até memes ajudam a espalhar isso, colocando de um lado o “homem conservador”, forte e confiante, e do outro o “homem de esquerda”, retratado como fraco, confuso ou imaturo. Com o tempo, essa repetição cria um senso comum, fazendo parecer que existe uma forma correta de ser homem, e que essa forma passa, obrigatoriamente, por uma posição política específica.


A religião e a hierarquia

A religião também tem um papel central na construção da ideia de que o homem precisa ser protetor, líder e autoridade. Em muitas tradições cristãs, a figura masculina é colocada como chefe da família, responsável por guiar, corrigir e sustentar, enquanto à mulher cabe o papel de submissão, obediência e cuidado do lar. Essa hierarquia é apresentada não como uma construção social, mas como algo “natural” ou “divino”.



No Brasil, um país profundamente religioso, essa visão ganhou ainda mais força. Pastores, líderes religiosos e influenciadores ligados às igrejas repetem constantemente que o homem foi criado para liderar e proteger, e que a mulher deve ser submissa, respeitosa e dependente dessa liderança masculina. Frases como “o homem é o cabeça do lar” ou “a mulher sábia obedece ao marido” são comuns em cultos, palestras e conteúdos religiosos nas redes sociais.

Esse discurso não fica restrito ao âmbito espiritual. Ele transborda para a
política e para a forma como muitos homens passam a enxergar o mundo. A ideia de hierarquia dentro da família acaba sendo usada para justificar hierarquias sociais mais amplas: autoridade, obediência, ordem e tradição. Questionar essas estruturas passa a ser visto como rebeldia, pecado ou ameaça à “família tradicional”.

Ao vender esse modelo, muitos pastores acabam reforçando uma identidade masculina rígida. O homem não pode demonstrar fraqueza, dúvida ou sensibilidade, pois isso seria visto como perda de autoridade. Ao mesmo tempo, a mulher é colocada em uma posição secundária, onde sua voz, autonomia e escolhas são limitadas pela lógica da submissão.



Assim, a religião não apenas molda comportamentos individuais, mas ajuda a criar um imaginário coletivo onde hierarquia, autoridade masculina e obediência feminina são normalizadas. Em um país como o Brasil, onde a religião tem forte influência cultural e política, esse discurso se torna um dos pilares para sustentar a ideia de que o homem deve comandar, na família, na sociedade e, consequentemente, na forma como ele se posiciona politicamente.

O surgimento do neoliberalismo e a ideia do “empreendedor de si mesmo”



Com o avanço do neoliberalismo, surge uma nova forma de enxergar o homem e seu papel na sociedade. A ideia central passa a ser simples e repetida à exaustão: cada indivíduo é totalmente responsável pelo próprio sucesso ou fracasso. Nesse discurso, o homem ideal é aquele que empreende, assume riscos, não depende de ninguém e vence sozinho.

O empreendedorismo é vendido como solução universal. Não importa de onde o homem veio, quais dificuldades enfrentou ou qual é o contexto social em que vive. Se ele não consegue “vencer”, a culpa é colocada exclusivamente nele. Falta esforço, falta disciplina, falta atitude. O sistema nunca é questionado.

Essa lógica reforça um individualismo extremo. O homem deixa de se ver como parte de uma coletividade e passa a se enxergar como uma empresa. Ele precisa se vender, se otimizar, se cobrar o tempo todo. Problemas como desemprego, salários baixos e falta de oportunidades deixam de ser questões sociais e passam a ser tratadas como falhas pessoais.

Nas redes sociais, isso aparece de forma clara: frases motivacionais, histórias de sucesso fora da curva e discursos de superação são usados como prova de que “quem quer, consegue”. O fracasso vira sinônimo de fraqueza. Pedir ajuda vira sinal de derrota. Questionar o sistema vira desculpa de perdedor.


Esse discurso ignora completamente que os homens partem de pontos diferentes. Ignora classe social, raça, escolaridade, região, acesso a redes de apoio e oportunidades reais. Todos são colocados na mesma régua, como se a competição fosse justa. No fim, o neoliberalismo cria uma armadilha: promete liberdade e sucesso, mas entrega cobrança, culpa e frustração.

Assim, a ideia do homem empreendedor não liberta. Ela disciplina. Em vez de questionar as estruturas que produzem desigualdade, o homem é incentivado a lutar sozinho, competir com outros homens e carregar a culpa por um fracasso que, muitas vezes, não é individual, mas estrutural.

A ligação com a direita política e a crise da promessa
Com o avanço desse discurso individualista, a direita política passa a se apresentar como a grande defensora do “homem que luta sozinho”. Ela vende a ideia de que menos Estado, menos direitos e menos políticas coletivas significam mais liberdade e mais oportunidades. Na prática, o recado é claro: o homem de verdade não precisa de ajuda, não depende de ninguém e não reclama.


Enquanto a promessa funciona, esse discurso cola. Muitos homens acreditam que estão a poucos passos do sucesso, que basta mais esforço, mais sacrifício e mais disciplina. A direita se aproveita disso, associando seus valores à ideia de mérito, ordem e força, enquanto acusa qualquer crítica ao sistema de vitimismo ou fraqueza.

O problema é que, com o tempo, essa promessa entra em crise. A maioria não enriquece, não ascende socialmente e não alcança a estabilidade prometida. O trabalho continua precário, os salários
seguem baixos e a competição só aumenta. Quando o sucesso não vem, o discurso não muda: a culpa continua sendo do indivíduo. O sistema nunca erra.

É nesse momento que a direita precisa oferecer outro tipo de resposta. Se a promessa econômica falha, entra em cena a guerra cultural. O foco sai das condições materiais e vai para inimigos simbólicos: a esquerda, o feminismo, os movimentos sociais, o Estado, a imprensa. Em vez de questionar por que o esforço não trouxe retorno, o homem é incentivado a direcionar sua frustração contra esses alvos.

Assim, mesmo quando a promessa neoliberal fracassa, o vínculo político se mantém. A direita deixa de ser apenas a promessa de sucesso econômico e passa a ser a defensora da identidade masculina, da ordem e da autoridade. O homem pode não ter vencido financeiramente, mas ainda pode se sentir “do lado certo”, moralmente superior e em guerra contra um inimigo.

No fim, essa estratégia mantém o homem preso a um projeto político que não entrega o que prometeu, mas oferece algo igualmente poderoso: pertencimento, identidade e a sensação de que o problema nunca foi o sistema, e sim alguém que precisa ser combatido.

A propaganda neoliberal e a figura do coach
A propaganda neoliberal não se espalha sozinha. Ela precisa de rostos, histórias e exemplos “vencedores”, e é aí que entram os coaches e influenciadores da riqueza. Figuras como Pablo Marçal, Primo Rico e outros milionários de internet são usados como prova viva de que “quem se esforça, vence”. A mensagem é simples, repetitiva e muito eficaz: se eles conseguiram, qualquer um consegue.


Esses personagens vendem a ideia de que enriquecer depende apenas de mentalidade, disciplina e atitude. Não falam de herança, privilégios, contexto social ou exceções estatísticas. O fracasso nunca é explicado pelas condições materiais, mas sempre pela falta de esforço, foco ou coragem do indivíduo.

Esse discurso está por toda parte. Em vídeos motivacionais, palestras lotadas e até em bibliotecas, é comum encontrar livros com títulos que prometem liberdade financeira, mentalidade milionária e sucesso rápido. Obras de autores como Marçal e Primo Rico ocupam espaço enquanto livros críticos sobre desigualdade, trabalho e estrutura social ficam à margem. A ideia vendida é clara: você não precisa entender a sociedade, só precisa “mudar sua mente”.



O coach neoliberal assume quase um papel de guia moral. Ele ensina como acordar cedo, trabalhar sem descanso, ignorar limites e transformar qualquer dificuldade em oportunidade. Questionar o sistema é visto como desculpa de fracassado. Reclamar é sinal de fraqueza. Pensar coletivamente é perda de tempo.

No fim, essa propaganda cria uma armadilha ideológica poderosa. O homem que não consegue enriquecer não questiona o modelo econômico nem as promessas políticas feitas a ele. Ele se culpa, se cobra mais e continua consumindo cursos, livros e discursos que prometem, mais uma vez, que o sucesso está logo ali, desde que ele se esforce um pouco mais.

A frustração masculina e o colapso da promessa



Com o tempo, muitos homens percebem que essa promessa simplesmente não se cumpre. Eles se esforçam, trabalham mais, se cobram, consomem livros, cursos e discursos motivacionais, mas a vida não melhora como foi prometido. O dinheiro não vem, a estabilidade não chega e o reconhecimento nunca é suficiente. O que sobra é frustração, cansaço e culpa.

Essa frustração é silenciosa. O homem foi ensinado a não reclamar, a não demonstrar fraqueza e a aguentar tudo sozinho. Então, em vez de questionar o sistema, ele internaliza o fracasso. Acha que não tentou o bastante, que não foi forte o suficiente, que faltou “mentalidade vencedora”. O problema nunca é o modelo, sempre é ele.

Quando a realidade bate de frente com a propaganda, surge um vazio. A promessa de ascensão individual falha, mas o discurso continua exigindo lealdade. Para muitos homens, resta apenas a identidade: ser conservador, ser “forte”, ser contra algum inimigo simbólico. A política deixa de ser sobre melhorar a vida concreta e passa a ser sobre pertencimento
e guerra cultural.

No fim, esse modelo não liberta o homem. Ele o aprisiona na culpa, na solidão e na competição constante. Vende sucesso para poucos e frustração para muitos, enquanto impede que se enxergue a raiz real do problema: um sistema que promete vitória individual, mas depende da derrota coletiva.

Questionar essa lógica não é fraqueza. Pelo contrário, é o primeiro passo para romper com uma narrativa que exige tudo do homem, mas entrega quase nada em troca. Enquanto o homem for convencido de que precisa vencer sozinho, ele continuará perdendo junto com milhões de outros e chamando isso de mérito.

Homem de verdade: entre o mito do empreendedor e a luta revolucionária


No fim das contas, talvez o maior medo desse discurso todo seja justamente outro tipo de homem. Não o homem obediente, cansado, endividado e culpado por não vencer sozinho, mas o homem que questiona, que se organiza e que peita a burguesia em vez de pedir permissão a ela.

Porque, historicamente, os homens que realmente mudaram o mundo não foram coaches, nem empreendedores motivacionais, nem milionários vendendo curso.Foram homens que romperam com a lógica do mérito individual e enfrentaram o poder de frente. Lenin, Stalin, Che Guevara — goste-se ou não deles — não ficaram ricos, não venderam palestras e não prometeram sucesso pessoal. Eles desafiaram impérios, estruturas e classes dominantes.

Esses líderes não diziam “vença sozinho”, diziam organize-se. Não falavam em mentalidade vencedora, falavam em luta coletiva. Não tratavam a burguesia como exemplo a ser seguido, mas como um obstáculo histórico a ser superado.

Talvez seja por isso que esse tipo de masculinidade seja tão atacado e distorcido. Porque um homem consciente, organizado e disposto a confrontar o sistema é infinitamente mais perigoso para a elite do que milhões de homens frustrados tentando enriquecer sozinhos.

No fim, a pergunta muda:
homem de verdade é quem repete discurso pronto, culpa a si mesmo e defende quem o explora ou quem entende seu tempo histórico, enfrenta a burguesia e luta para transformar a realidade?


A história já respondeu isso mais de uma vez.


https://httpmundodosdebate.wordpress.com/2025/12/29/por-que-a-maioria-dos-homens-sao-de-direita/


https://redd.it/1pyy614
@brasildob
O Movimento Comunista no Brasil está em seu melhor momento

Vi um post dizendo o contrário, e achei bom contrapor pq sei que essa é uma opinião muito comum.

O movimento comunista no Brasil está em uma de suas melhores fases, se não a melhor até agora. Os revisionistas estão se atacando e destruindo uns aos outros, incapazes de formar qualquer aliança sólida; o movimento democrático-revolucionário está cada vez mais conhecido e relevante (onde sequer existia até alguns anos atrás); as figuras históricas realmente relevantes do marxismo são cada vez mais conhecidas dentro dos circulos de estudo - o que significa que em algum tempo também serão conhecidas pelo povo brasileiro em geral; a Liga dos Camponeses Pobres (que é o apogeu da luta revolucionária no Brasil hoje) está conquistando cada vez mais atenção e relevância, e provando de maneira PRÁTICA que existe uma alternativa ao velho Estado brasileiro; o Partido Comunista do Brasil (P.C.B.) deixou de ser uma fração (a antiga Fração Vermelha, FV) e é hoje um dos membros mais importantes da Liga Comunista Internacional, e isso acontece pq os dirigentes são muito legais e deviam disputar um cargo eleitoral? Não, pq eles tem aplicado o marxismo na prática e no quotidiano, mostrando como fundamental a questão da tomada do poder, e mostrando que podem corrigir os erros que o Partido Comunista do Peru (PCP) cometeu durante o auge da sua Guerra Popular.

O movimento pró-Palestina brasileiro é extremamente combativo, as sessões de estudo e divulgações das Guerras Populares no Brasil são cada vez mais frequentes em universidades, espaços culturais, assembléias de bairros, etc.; e eu nem preciso falar do cenário de guerra que está se desenhando no campo, que nada mais é do que o velho Estado se contorcendo de pavor com o movimento revolucionário (há um vídeo muito bom do AND sobre isso).


O comunismo no Brasil não está no pior momento pq os revisionistas estão se atacando e rachando em milhões, ou pq a extrema-direita está em ascenção dentro da institucionalidade (o que é desde sempre um padrão em momentos de crise do capitalismo), está no melhor momento justamente pq o capitalismo se torna cada vez mais insustentável e temos um movimento cada vez mais robusto para agir na hora certa, e sem o obstáculo da esquerda cirandeira e dos webcomunistas de apartamento desta vez, mas com pessoas realmente dispostas a servir ao povo de todo o coração, e que tem um motivo muito bom para não saírem por aí dando a cara na internet.

Os comunistas sempre souberam reconhecer as derrotas e as vitórias, e deve ser reconhecido que não estamos mais em um momento de derrota (e que isso não é nada mais do que pessimismo pequeno-burguês), mas de avanço. E devemos, é lógico, compreender que isso não vai ser noticiando para os quatro cantos do mundo até ser tarde demais para a burguesia.

https://redd.it/1pzpk4d
@brasildob